agosto de
encurtarem os dias
até ao limite de
crepúsculos nocturnos
quando ainda é tarde
caírem as primeiras chuvas
depois da secura
a cheirar o chão
a molhado a luz
cinzenta deste porto
granítico na margem
de um douro sinuoso
que desce tranquilamente
ou veloz às vezes
por entre vinhedos e
figueiras dando de comer
a poetas e camponeses
chegado à foz enleia-se com o mar
num acto de amor
que só os barcos
vislumbram
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